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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O encontro do(a) Voyeur com o(a) exibicionista.


Até pouco tempo a visão que eu tinha do voyeur era de uma pessoa que só consegue atingir um orgasmo ao observar outras pessoas em atos sexuais, momentos de nudez ou exposição de partes do corpo. Sabe aquela imagem do homem com binóculos que todos os dias espia a vizinha estender roupa no varal e se masturba? Pois é. Era isso que eu pensava, ou seja, mais um distúrbio sexual. Mas pesquisando e observando as mais diversas reações, principalmente das pessoas que adquirem meus serviços percebi que o voyeurismo vai muito além.

Na França onde esta prática foi mais difundida, a expressão voyeur vem do termo Voul Ver, que literalmente significa: Cuidar da vida alheia. A definição mais comum encontra para o voyeurismo é: uma prática que consiste num indivíduo que obtém prazer sexual através da observação de outras pessoas.

Todos somos um pouco voyeur. E daí? Isso é normal! Assumidamente ou não gostamos de observar outras pessoas. Qual homem fica imune quando se depara com uma mulher sensual? E mesmo mulheres olham por comparação ou ciúme que seja. Ou até por curiosidade.


Um exemplo de que a curiosidade leva ao voyeurismo é o recente o caso do goleiro (que não preciso entrar em detalhes porque todo mundo está cansado de saber). Quando foi divulgado que a moça fez filme pornô, milhares de pessoas devem ter procurado para download ou para locação o tal filme. Só para saciar a curiosidade.


Uma escada, uma subida displicente... Prato cheio para um exibicionista conseguir olhares curiosos ou voyeuristas.
A natureza do ser humano é ser curioso, imagina então quando o assunto diz respeito a sexo: uma coisa que todos se interessam de uma maneira ou de outra.

Como tudo existem os níveis do voyeurismo. Vai desde o suave que praticamos todos os dias até os casos extremos. Na maioria das vezes essa prática causa excitação sexual e vem acompanhada da masturbação. Em casos extremos o voyeur tem mais prazer em observar e se masturbar do que na própria relação sexual. Por vezes o “objeto de prazer” do voyeur nem sabe que está sendo observado. Como parte de fantasias o voyeur atiça o desejo sexual também pelo risco de ser descoberto.

A internet veio para somar aos adeptos dessa prática que podem se satisfazer desde assistindo uma pessoa que se exiba exclusivamente para ele na webcam, como vendo um filme pornográfico que pode ser encontrado facilmente. A imaginação do voyeur é tão importante para ele como seus órgãos sexuais.

Por outro lado e para alegria dos voyeurs, existem muitos e muitas exibicionistas. Pessoas que sentem prazer em provocar desejos através da exposição do corpo. O exibicionismo também tem seus níveis que vai desde uma mulher que coloca uma calça justa e adora provocar olhares masculinos quando vai ao mercado, até aquela mais atirada que coloca uma saia curta sem calcinha e senta-se de pernas abertas em um local público. Mas a grande maioria dos exibicionistas não tem intenção em consumar o ato sexual com o observador.

Eu sou exibicionista assumida, mas sou suave. Tanto que só gosto da prática enquanto mantenho meu anonimato. Não sei descrever qual tipo de prazer me provoca. Sexual? Não sei… Até porque não fico excitada todas às vezes, mas me sinto poderosa quando sou desejada, e chego a sorrir quando consigo provocar um orgasmo masculino sem toques, somente pela exibição de minha imagem nua.


Mas tudo isso é saudável e mais comum do que imaginamos. O que não se pode é fazer disso um obsessão. Não existem muitos limites quando o assunto é sexo, desde que não se obrigue ninguém a fazer o que não quer. Tudo que é consentido tá valendo, afinal cada um sabe de si.

Porém o voyeurismo precisa ser tratado quando há um prejuízo emocional, quando a pessoa que o pratica sofre e não percebe ou quando o ato de “espiar” é a única forma de excitação e atividade sexual. Neste caso: Ajuda profissional, já!

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